CAROLINA, A SEDUTORA (COMPORTAMENTO HISTÉRICO).

Carolina é uma moça de quarenta anos. Bonita, charmosa, carente e muito sonhadora. Seus lindos olhos verdes expressam sensualidade e mistérios. Desde muito jovem, já machucava corações!  Sempre teve muitos admiradores a seus pés. No entanto, caprichosa e compulsiva, acabava provando do próprio veneno. Nunca foi feliz de verdade. Se sentir desejada e atrair olhares masculinos. Gulosos! Isso alimentava a sua carência e o seu ego.  Não é que ela quisesse todos os homens para si. Simplesmente, gostava, apenas, de atraí-los. Se sentir poderosa! Desejada. Teve dores e perdas também! Nunca soube lidar bem com isso.  Sua fala nunca expressava seu coração. Sempre teve muita articulação verbal.  Desde criança era muito tagarela. Não teve um bom contato afetivo com seu pai. Ele era só um bom provedor. Estava longe de ser considerado o pai desejado, afetivo. Homem de negócios. Sobrava pouco tempo para a filha. Em constantes viagens pelo mundo, na maioria das vezes, só levava sua  mulher como companhia. Carolina foi criada por babá.  Nesse quadro de ausência de contato, só restou à ela fantasiar um pai poderoso, viril e sedutor! Cresceu com esse modelo interno de homem. Paralelamente desenvolveu, inconscientemente, sensação de rejeição e impotência emocional. Ficou uma mulher insegura. Quando adulta, procurou homens que se enquadrassem no modelo do pai. Só que não conseguia se envolver. Para ela, isso virou uma brincadeira divertida. Atrair homens até se sentir muito desejada. Atingido o seu objetivo, eles eram descartados. Friamente!  Quis a vida que ela que com trinta e cinco anos conhecesse Mateus, rapaz, assim como ela, muito sedutor. Longe de ser o homem idealizado. As atrações nasceram  da carência e poder de sedução que ambos tinham de sobra. Foi nessa frequência energética que iniciaram um romance.  Não tinham maturidade emocional suficiente para bancar uma relação saudável e encarar a vida.  Por cinco anos, Carolina  conseguiu se manter fiel  a essa paixão. Caso raro de acontecer. Ela fez muitos sacrifícios tentando não estragar o sonho de ser feliz com Mateus. Afinal, foi o único em que ela apostou de verdade! A rotina de um casamento pede uma  estrutura psíquica pra sustentar os problemas do dia-dia. O pior de tudo isso foi a enorme expectativa que Carol depositou em Mateus. Ele, dentro de seus escassos recursos culturais e de formação profissional, fazia o possível. Não conseguia bancar a vida com dignidade. Ser o provedor do lar e agradar essa mulher-criança. Ela, por sua vez, queria viver num castelo encantado, como havia sonhado. Esse aspecto infantil fez com que eles não “arregaçassem as mangas” e fossem à luta. Batalhassem os projetos da vida.  Não conseguiram mudar. Nem crescer. Carolina retornou às conquistas baratas e supérfluas. Achava que dessa forma a vida ficaria mais leve e divertida. Não queria responsabilidades!  A sedução era a arma mais certeira que tinha contra os homens. “Eles que sofressem”. Mereciam sofrer. O  Mateus continuava apaixonadíssimo por ela. Ultimamente ele estava sentindo Carolina  muito estranha. Calada. Com um brilho novo no olhar. Ficou desconfiado! Coitado do Mateus! Transparecia em sua imagem o medo de perder o seu amor. Mas ele se achava um homem forte. Macho! Tinha que tirar isso a limpo. Numa tarde, fingindo estar no trabalho, resolveu checar seus temores. Esperou Carolina ir à academia. Sorrateiramente a seguiu. Dirigindo o seu carro com pernas trêmulas e suando frio! Tinha maus pressentimentos. Conseguiu não ser visto por ela. DEUS! Não podia acreditar em que seus olhos  estavam vendo!!! E agora??? O TERREMOTO ACONTECEU!!!

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